Como
relembra Leroux, a Ópera esta construída sobre um pântano e foi no pântano que
se gerou o fantasma, que, ao longo de anos foi provocando acidentes.
Deu
cabo de muita coisa, queimou barcos, destruiu searas, queimou casas, enganou os
empregados da Ópera quando eles deixaram de acreditar na banca onde colocavam o
dinheiro, lançou a confusão entre todos os que frequentavam o espaço montado
sobre aquele grande lençol de água, de que releva a própria natureza do
pântano.
Descobriu-se,
um dia, que o fantasma tinha chantageado dois administradores da Ópera,
exigindo-lhes o pagamento de 20.000 francos mensais, compensando a reserva
forçada do camarote número cinco.
Cristina
ameaçava ter sucesso e destruir Carlota, a diva consolidada desde a primeira
atuação. Acreditava ela que tinha dentro de si o Anjo da Música, enviado por
seu pai, depois da morte.
À
medida que o sucesso parecia crescer, Cristina foi descobrindo que o anjo tinha uma máscara, encobrindo o
fantasma, o horrível Erik, que era o contrário de tudo o que ele dizia e de
tudo o que todos conseguiam ver.
Erik
prendeu-a e prendeu-lhe o sucesso dizendo que somente a deixará partir se ela
prometer não amar ninguém além dele e juntar-se a ele.
Cristina
amava Raul, mas estava fascinada pelo fantasma do seu sucesso. Forçada a
opções, cogitou casar em segredo com Raul e fugir da Ópera, apesar do sucesso.
Mas o fantasma descobriu, e raptou Cristina do palco, quanto ela atuava no
Fausto de Gounod.
Os
aposentos de Erik, o fantasma, eram nos baixos frios da Ópera, para onde ele
convocou Raul.
Cristina
e Raul enlouqueceram na câmara de suplícios sob o olhar de Erik, o
fantasma, chegando a iniciar o
enforcamento com o laço de Punjab
O
fantasma Erik ameaçou matar todos os operários e artistas e destruir a Ópera,
se Cristina não optasse por ele, como aconteceu naturalmente, numa tentativa de
salvar a vida a todas as outras pessoas.
Ela
prometeu-lhe casar com ele, se libertasse o Persa e Raul da câmara dos
suplícios. Erik, o fantasma, soltou o Persa mas manteve Raul, enclausurado no
ponto mais distante dos local mais distante dos subterrâneos da Ópera.
Erik
regressou à câmara onde se encontrava Cristina e encontrou-a vestida de noiva.
Deu-lhe um beijo na testa e ela, resignada, aceitou-o placidamente, sem lhe
mostrar medo.
O fantasma,
que pela primeira vez constatou que foi tratado sem rejeição, enebriou-se,
começou a chorar e disse a Cristina que podia ir embora e casar com Raul, o
homem que ela amava.
Ele,
o fantasma Erik, não passaria de um
cachorro aos seus pés, no que logo se transformou.
Cristina
e Raul casaram e partiram para não mais serem vistos e o fantasma da Ópera
morreu passadas três semanas. O Persa fez publicar um anúncio na página
habitual do Diário de Noticias.
A emigração
não é um mito urbano em Portugal.
O
fantasma da Ópera é um mito urbano em todo o mundo ocidental.
Não
sei porque me lembrei disto quando ouvia o discurso de Cavaco Silva.
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