O secretário de estado Carlos Moedas veio a público elogiar um relatório do FMI em que se sustenta a redução da despesa pública, por via da redução dos salários dos funcionários.
Quando o estado era uma pessoa de bem, os funcionários tinham as suas carreiras garantidas, pelo que se afigura chocante a simples ameaça da redução dos salários.
Se há onde é possível poupar é nos políticos.
Ser político não pode ser havido como profissão e não deve aceitar-se como prostituição.
Sendo necessário reduzir a despesa, era por aí mesmo que deveria começar-se: cortando cerce as remunerações dos políticos e substituindo-os por quem se disponha a exercer funções políticas de forma gratuita.
No limite, não deveria nenhum deles ganhar mais do que o salário mínimo, porque o que é considerado suficiente para a sobrevivência de um operário não deve ser também considerado suficiente para a sobrevivência do presidente da república ou do primeiro-ministro que, mesmo assim, haveria de ter outras avenças, pelo simples exercício do cargo.
E se não tiverem... que vão trabalhar.
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