Ter casa própria passou a ser uma espécie de pecado em Portugal, depois de dezenas de anos em que o próprio estado ajudou as famílias a construir os seus refúgios.
Alguns comentaristas da televisão vão ao ponto de dizer, de forma aberta e ousada, que o que deveria ter sido feito era criar um mercado do arrendamento.
Os bancos poderiam ter financiado os patos-bravos que construíram as casas e assumido a função coletivista de grande senhorio, diretamente, sem terem que andar agora a despejar as pessoas que, porque ficaram desempregadas, deixaram de pagar as prestações.
Já lá vai o tempo em que a maior ambição dos banqueiros consistia em vender talheres com banhos de prata ou bules imitando a louça de Xangai.
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